Sem se limitar pelo tempo,
Ele nos vê. Todos. Das matas da Virgínia ao centro comercial de Londres; dos vikings
aos astronautas; do homem das cavernas ao reis; do construtor de cabanas
ao acusador, e ao amontoador de pedras, Ele nos vê. Vagabundos e esfarrapados,
Ele nos viu antes que houvéramos nascido.
E Ele ama o que vê. Inundado
pela emoção. Acima do orgulho, o Criador das estrelas volta-se para nós, olha
um por um, e diz: — Você é meu filho. Eu o amo ternamente. Estou consciente de
que um dia você se afastará de mim, e andará ausente. Porém quero que saiba que
já lhe providenciei um caminho de volta.
E para prová-lo, Ele fez algo
extraordinário.
Descendo do trono, ele
removeu seu manto de luz, e evolveu-se em pele: pigmentada pele humana. A luz
do universo penetrou a escuridão, banhou o ventre. Ele, a quem os anjos
adoram, aninhou-se na placenta de uma camponesa, nasceu numa noite fria, e
então, dormiu num cocho.
Maria não sabia se lh