O amor, violência premeditada, euforia escancarada, motivação de não morrer. Estado de graça, aquela palavra que mói os ouvidos, que perturba os sonhos com sua mão, com refrão em doces versos recitados. O amor derivado do nada, proveniente de tudo, o querer e não ter. O atingir o nirvana, o encontrar pouca fama, um pouco do “eu” em você. A revanche, o tédio, o perdão. Tudo que de mãos dadas, com um pouco de farsa e uma pitada a gosto de cegueira. Uma sombra guerreira ao lado de quem já foi consumido, aquele eterno grito que ecoa por toda madrugada. Um querer e ter nada, uma raiva assombrada, uma vida regrada, uma rosa e um não. O gole estúpido de vinho, uma flor, um espinho, o mal dizer já dito, o arrependimento, o carinho. Um traço por entre o corpo, o sangue que passa por entre os dedos, a ira, a subversão. O destino na contra mão, uma gravura do não ser, o pecado a traição. Uma loucura do mais racional, a busca do anormal, o doer, o morrer, a própria