Páscoa
O desenho mostra um
hebreu aspergindo o sangue de um cordeiro sobre as ombreiras (batentes ou
colunas verticais) e nas vergas da porta (Êxodo 12:7). Observe que o sangue
aspergido nas colunas e nas vergas, nos sentidos horizontal e vertical, apontam
para a cruz de Cristo.
Páscoa no hebraico é pessach que
significa passagem ou passar por cima: "...é a
páscoa do Senhor" (Ex.12:11), "Porque o Senhor passará para
ferir os egípcios..." (Ex.12:23), "É o sacrifício da páscoa ao Senhor
que passou por cima das casas dos filhos de Israel..." (Ex.12:27).
2.
O Dia da Páscoa:
A festa começa com
a morte de um cordeiro como oferta pelo pecado (Ex.12:2,6), no dia 14 do mês de
abibe (Lv.23:15; Ex.13:4), que significa espigas verdes.
Durante o exílio foi substituído pelo nome nisã (Ne.2:1) que
significa começo ou abertura. Corresponde a
março-abril em nosso calendário. A páscoa foi instituída numa sexta-feira, ou
seja, um dia antes dos Pães Asmos (Lv.23:6) e dois dias antes das Primícias
(Lv.23:12).
Para o povo judeu
havia o ano sagrado e o ano civil. O sagrado começava na primavera. O civil
começava no outono. O 7° mês sagrado era o 1° mês civil. Dividia-se o ano em 12
meses lunares, com um 13° mês 7 vezes em cada 19 anos.
Calendário Lunar Judaico e seus
meses correspondentes no Calendário Solar ou Juliano
Lunar
Judaico................Solar Juliano Nisã ou Abibe.................março-abril Iyyar ou Zive..................abril-maio Sivã...............................maio-junho Tammuz.........................junho-julho Abe................................julho-agosto Elul................................agosto-setembro |
Lunar
Judaico.......................Solar Juliano Etanim ou Tishri...........setembro-outubro Marquesvã ou Bul........outubro-novembro Quisleu....................novembro-dezembro Tebethe.........................dezembro-janeiro Shebate...........................janeiro-fevereiro Adar.................................fevereiro-março |
3. A Hora da Páscoa:
O dia civil judaico
(período de 24 horas) se inicia às 18:00 horas e termina às 18:00 horas
subsequente. A noite vem primeiro que o dia, pois na criação do mundo o
primeiro dia começou com a escuridão que foi transformada em luz: "Chamou
Deus à luz dia, e às trevas noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia"
(Gn.1:5). Daí em diante cada período de 24 horas foi indicado sucessivamente
como "tarde e manhã" (Gn.1:5,8,13,19,23,31; 2:2).
O dia natural
judaico (12 horas), isto é, o intervalo entre a aurora e o crepúsculo (06:00 às
18:00 h.), era dividido em três partes: manhã, meio-dia e tarde (Sl.55:17). Os
judeus distinguiam duas tardes no dia: a primeira ia das 15:00 às 18:00 h., e a
segunda se iniciava ao pôr do sol (18:00 h.), indo até a escuridão da noite,
aproximadamente às 19:00 h. (Mt.14:15 e 23). O sacrifício da páscoa era
oferecido "no crepúsculo da tarde" (Lv.23:5; Nm.28:4,8). A passagem
faz referência à primeira tarde (15:00 às 18:00 h.). A segunda tarde, que se
iniciava às 18:00 horas, e a manhã, que tinha início às 06:00 horas, juntos
formavam um dia (Gn.1:5). O gráfico abaixo ilustra o dia judaico:
4. O Local da Páscoa:
Posteriormente Deus
requereu que a páscoa só fosse realizada em um local por Ele determinado
"Então sacrificarás como oferta de páscoa ao Senhor teu Deus, do rebanho e
do gado, no lugar que o Senhor escolher para ali fazer habitar o seu nome. Não
poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas cidades que te dá o Senhor teu
Deus. Senão no lugar que o Senhor teu Deus escolher para fazer habitar o seu
nome, ali sacrificarás a páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo em que saíste
do Egito. Então a cozerás, e comerás no lugar que o Senhor teu Deus
escolher..." (Dt.16:2,5-7).
5. Evento correspondente no Novo
Testamento: Redenção
(I Co. 5:7; Ef.5:2; I Pe.1:19; II Co.5:21; Gn.4:7)
5.1. O que é a Redenção:
O evento
correspondente à páscoa no Novo Testamento é a redenção. Assim como um
cordeiro foi sacrificado no dia da páscoa para a libertação dos judeus do
Egito, Cristo foi sacrificado para a libertação dos nossos pecados:
"...Ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt.1:21);
"...pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados" (Ap.1:5);
"...Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado" (I Co.5:7). Cristo se
fez oferta pelo pecado. Há uma perfeita identificação entre o pecado do crente
e a oferta pelo pecado (Jo.3:14). Esta identificação é ainda mais evidente no
Antigo Testamento, pois "a palavra hebraica hattâ't usada para
traduzir pecado é derivada de uma forma verbal que significa purificar,
de modo que o substantivo significa um sacrifício que obtém a
purificação."
Desse modo o texto
de Gênesis 4:7 fica com mais sentido: "...se, todavia, procederes mal, eis
que o (a oferta pelo) pecado jaz à porta... ...a ti cumpre dominá-lo
(domá-lo)" (Gn.4:7). Esta identificação também pode ser vista no Novo
Testamento: "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez (oferta pelo)
pecado por nós..." (II Co.5:21). Este era o método usado por Deus, desde
os tempos de Adão, para perdoar os pecados: O sangue deveria ser derramado
"Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o
altar, para fazer expiação (kafer = cobertura - veja Gn.3:21 e 6:14)
pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da
vida" (Lv.17:11). Por isso "...sem derramamento de sangue não há
remissão" (Hb.9:22). No tempo do Antigo Testamento o sangue dos animais
apenas cobriam os pecados. O sangue de Cristo tira o pecado do
mundo (Jo.1:29).
5.2. O Dia do Sacrifício de Cristo:
A primeira páscoa
foi comemorada numa sexta-feira. Jesus Cristo também foi crucificado numa
sexta-feira (Mt.27:62; Mc.15:42; Lc.23:54; Jo.19:14), às 09h00, isto é na
"hora terceira" (Mc.15:25). Das 12h00 às 15h00, isto é, da hora sexta
à hora nona, houve trevas sobre a terra (Mt.27:45; Lc.23:44-46). Depois disso
Ele rendeu o espírito, no período entre 15h00 e 18h00. Este período
compreendido entre a hora nona (15h00) e o pôr do sol (18h00), no qual Jesus morreu é o mesmo período designado para o sacrifício da páscoa, ou seja, no crespúsculo
da tarde, (Lv.23:5; Nm.28:4,8).
5.3. A Hora do Sacrifício de Cristo:
Tudo indica que
Jesus morreu após às 15:00 horas, que é a hora nona (Lc.23:44-46). Porém,
naquele tempo as horas não eram indicadas com precisão, como ocorre hoje. Assim
sendo, é possível que Jesus tenha morrido entre 15:00 e 17:00 horas, tendo
sido sepultado aproximadamente após as 17:00 horas (Mc.15:42), pois o sábado
iria começar às 18:00 horas (Lc.23:54), e a Lei Judaica proibia o trabalho aos
sábados e a permanência de um corpo morto na cruz (Dt.21:22,23; Jo.19:31).
Assim sendo, a morte de Cristo foi mais rápida do que se esperava (Mc.15:44).
Isto ocorreu por 4 motivos: (1) Jesus é o Cordeiro Pascal, e como tal deveria
morrer no mesmo período do sacrifício da páscoa (Ex.12:6); (2) Suas pernas não
poderiam ser quebradas para acelerar a sua morte (Jo.19:32,33; Ex.12:46;
Nm.9:12; Sl.34:20); (3) Seu corpo não poderia permanecer no madeiro
(Dt.21:22,23) e (4) O próprio Cristo rendeu o seu espírito (Jo.19:30; Jo.10:18;
Jo.2:19).
As duas tabelas
seguintes mostram as horas do dia e da noite, conforme a cultura judaica:
As
horas do dia |
Hora Ocidental
|
Hora Judaica
|
Referência Bíblica
|
09:00 h. (6 às 9 h.)
|
terceira hora
|
Mt.20:3
|
12:00 h. (9 às 12 h.)
|
sexta hora
|
Mt.20:5
|
15:00 h. (12 às 15 h.)
|
nona hora
|
Mt.20:5
|
18:00 h. (15 às 18 h.)
|
décima segunda hora
|
|
As horas da noite
|
18:00 às 21:00 h.
|
1ª vigília (noite)
|
Ex.14:24
|
21:00 às 24:00 h.
|
2ª vigília (meia noite)
|
Lc.12:38 (Mt.25:6)
|
24:00 às 03:00 h.
|
3ª vigília (cantar do galo)
|
Lc.12:38
|
03:00 às 06:00 h.
|
4ª vigília (manhã)
|
Mt.14:25
|
O dia civil judaico é ilustrado na tabela
abaixo:
O Dia
Judaico (24 horas) |
18:00 h.
|
cair da tarde
|
Mt.20:8; Mt.14:23
|
18:00 h.
|
pôr do sol
|
Gn.28:11; Mc.1:32
|
A tabela abaixo ilustra outros horários
mencionados na Bíblia:
Outras
Horas Judaicas |
17:00 h.
|
undécima
hora |
Mt.20:6
|
Cerca de
22:00 h. |
2ª ou
vigília média |
Jz.7:19
|
06:00 às
09:00 h. |
raiar do
sol, nascente do sol |
Jz.9:33;; Sl.50:1; Sl. 113:3; Is.45:6 |
15:00 às
18:00 h. |
cair da
tarde (1ª) |
Mt.14:15
|
18:00 às
19:00 h. |
cair da
tarde (2ª) |
Mt.14:23
|
15:00 às
18:00 h. |
crepúsculo
da tarde |
Ex.12:6;
Nm.9:3 |
A páscoa foi realizada na sexta-feira. Três
dias depois os judeus deveriam comemorar a festa das primícias (Lv.23:12). Esta
festa indicava a ressurreição após três dias. O primeiro molho de trigo que
fosse colhido, isto é, as primícias, deveria ser movido perante o Senhor
(Lv.23:10,11). Este mover do trigo era símbolo da vida que, ao contrário de um
animal morto, inerte e sem movimento, se expressa pelo mover da vida
(At.17:25,28). Na ressurreição o corpo de Cristo que estava inerte no túmulo
foi movido por Deus e a terra se abalou (Mt.27:51-54; Mt.28:2; Hb.12:26,27).
Cristo foi vivificado no espirito (IPe.3:18). Mas a oferta só poderia ser feita
após três dias depois da páscoa. Isto tem a ver com a ressurreição que ocorreu
somente três dias depois da morte de Cristo.
O esquema a seguir mostra os três dias e
três noites mencionados por Jesus. As palavras de Jesus "...três dias e
três noites" (Mt.12:40), não exige que 72 horas tenham se passado entre
sua morte e ressurreição, pois os judeus consideravam parte de um dia como um
dia inteiro.
O gráfico seguinte ilustra os três dias e
três noites que Jesus permaneceu na sepultura:
Esta expressão "um dia e uma
noite" é idiomática, e era usada pelos judeus para indicar "um
dia" (ISm.30:12,13), mesmo quando somente parte de um dia era
indicada. Qualquer parte do período era considerado um período total. O Talmude
Babilônico relata que "uma parte do dia é o total dele"
O Talmude de Jerusalém, diz: "Temos um
ensino: um dia e uma noite são um onah e a parte de um onah é
como o total dele"
Cristo foi crucificado na sexta-feira.
Qualquer tempo antes das 18:00 horas de sexta-feira seria considerado um dia e
uma noite. Qualquer tempo depois das 18:00 horas de sexta-feira até sábado às
18:00 horas, também seria um dia e uma noite. Semelhantemente, qualquer tempo
após às 18:00 horas de sábado até o momento em que Cristo ressuscitou, na manhã
de domingo, também seria um dia e uma noite. Do ponto de vista judaico, seriam
três dias e três noites de sexta à tarde até domingo de manhã.
5.4.
O Local do Sacrifício de Cristo:
O local exato da morte de Cristo não se
sabe. As Escrituras mencionam o lugar onde Cristo foi crucificado, que se
chamava Calvário (Lc.23:33). Em hebraico (aramaico) o nome é Gólgota (Jo.19:17)
que significa Lugar da Caveira (Mt.27:33).
Jesus Cristo não poderia ser crucificado
fora da Judéia, muito embora tenha sido crucificado fora de Jerusalém
(Hb.13:11,12; Jo.19:20; Mt.21:39). A Judéia, local do templo de Salomão, era o
local onde Deus havia escolhido para habitar (I Rs.9:3). Com isto Deus queria
mostrar que só há um Caminho para a salvação. Os sacrifícios da páscoa não
podiam ser realizados em qualquer lugar, mas somente naquele lugar onde Deus
havia determinado. Os sacrifícios e adoração fora de Jerusalém era considerado
pecado (I Rs.12:25-33; I Rs.13:9,10; I Rs.8:29,33,38,44; Dn.9:3; Jo.4:20).
Muitos cristãos pensam que idolatria é somente culto prestado a deus falso.
Pelo estudo das Escrituras descobrimos que culto
falso prestado ao Deus verdadeiro também é idolatria. Se alguém pretende
agradar ao Deus verdadeiro por meios estranhos às Sagradas Letras, realiza
culto falso e comete o pecado da idolatria. Somente o Sacrifício do Calvário
realizado por Cristo, tem valor para Deus. Jesus é o Caminho (Jo.14:6). Deus
não aceita outro sacrifício além do sacrifício de Cristo realizado no Calvário.
Desse modo, ordenando que os sacrifícios fossem realizados no templo, Deus
estava querendo demonstrar que só há um caminho para a salvação.
Jesus é descendente de Judá (daí se
tira o nome Judeus) (Gn.49:8-12), e por esta mesma razão a tribo de Judá
recebeu lugar de honra na ordem dos acampamentos da tribo, diante do tabernáculo
(Nm.2:3; Lc.1:78,79; Sl.84:11; Ml.4:2), porque a salvação vem dos judeus
(Jo.4:22) e Jesus é a Porta (Jo.10:9) que dá acesso ao Pai.
O esquema abaixo mostra a localização das
doze tribos em volta do tabernáculo. Observe que a tribo de Judá permanecia em
frente da porta de entrada para o tabernáculo, no lado leste. Isso indicava que
um descendente de Judá haveria de abrir o caminho que dá acesso a Deus
(Lc.1:78; Nm.2:3; Sl.84:11; Ml.4:2).
2. ASMOS = MATZOT (Lv. 23:6)
Esta festa era comemorada no dia seguinte à
páscoa (Lv.23:6). Os pães não continham fermento porque representavam a pureza
de Cristo, o Pão da Vida (Lv.2:11; Dt.16:1-4; Jo.6:48,51; I Co.11:23-26; Mt.16:6).
Também expressa a nossa comunhão com Cristo, que começa com a nossa redenção e
depois prossegue em uma vida santa (I Co.5:6-8; Gl.5:9). As ofertas de pães
asmos não poderia conter sangue, porque o sangue era derramado pelo pecado
(Ex.23:18; 34:25) e esta oferta deveria ser apresentada como "aroma
agradável ao Senhor" (Lv.23:13).
Os hebreus deveriam celebrar a festa dos
pães asmos durante sete dias, durante os quais deveriam comer pão não levedado
(Ex.12:15-20).
Evento correspondente no Novo Testamento:
Santificação (I Co.5:8)
Assim como a Festa dos Pães Asmos era
celebrada imediatamente após o sacrifício da páscoa, aquele que é redimido pelo
sangue de Cristo, deve imediatamente prosseguir em seu caminho em processo de
santificação: "...aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus"
(II Co.7:1). Esta oferta não poderia conter sangue do sacrifício porque o
sangue era derramado por causa do pecado e "...aquele que sofreu na carne
deixou o pecado" (I Pe.4:1) e "...quem morreu, justificado está do
pecado... ...a morte já não tem domínio sobre Ele" (Rm.6:7,9).
Diversos
textos das Sagradas Escrituras demonstram este processo de santificação do
cristão, vinculado à sua redenção e originado nela.
Saber
distinguir os textos que falam da salvação inicial dos textos que falam da
santificação é importante para uma real compreensão das Sagradas Escrituras.
A
tabela a seguir mostra paralelamente os textos bíblicos que tratam da redenção
e da santificação do crente.
SALVAÇÃO
REDENÇÃO |
SANTIFICAÇÃO |
A
posição do crente (permanente) |
O
estado ou condição do crente (progressivo) |
...fostes
lavados... (I Co.6:11) |
...lava-me
purifica-me... (Sl.51:2) |
...lava
os teus pecados... (At.22:16) |
Lavai-vos,
purificais-vos... (Is.1:16) |
...nos
lavou... lavar regenerador... (Tt.3:5) |
Lava-me...
purifica-me... (Sl.51:2,7) |
...que
nos salvou... (II Tm.1:9) |
...tornar-te
sábio para a salvação... (II Tm.3:15) |
...aos
santificados em Cristo Yeshua... (I
Co.1:2a) |
...chamados
para ser santos... (I Co.1:2b) |
...salvação
pela santificação do Espírito... (II Ts.2:13) |
...esta
é a vontade de Deus, a vossa santificação... (I Ts.4:3) |
...em
santificação do Espírito... (I Pe.1:2) |
...seguí...
a santificação... (Hb.12:14) |
...os
que são santificados... (At.20:32) |
Santifica-os
na verdade... (Jo.17:17) |
...fostes
santificados... (I Co.6:11) |
...fruto
para a santificação... (Rm.6:22) |
...o
santo... (Ap.22:11a) |
...continue
a santificar-se... (Ap.22:11b) |
...aperfeiçoou
para sempre... (Hb.10:14a) |
...quantos
estão sendo santificados... (Hb.10:14b) |
...aquele
que começou boa obra... (Fp.1:6a) |
...há de
aperfeiçoá-la completamente... (Fp.1:6b) |
...estais
aperfeiçoados nele... (Cl.2:10) |
Não que
eu... tenha já obtido a perfeição... (Fp.3:12) |
...purificando-lhes
pela fé os corações... (At.15:9) |
Cria em
mim... um coração puro... (Sl.51;10) |
...tendo
purificado as nossas almas... (I Pe.1:22) |
...purifiquemos-nos...
santificação... (II Co.7:1) |
...e
purificar... um povo... zeloso de boas obras (Tt.2:14) |
...a si
mesmo se purifica... para toda boa obra... (II Tm.2:21) |
...povo
em cujo coração está a minha lei... (Is.51:7) |
Lava o
teu coração da malícia... (Jr.4:14) |
...tendo
os corações purificados... (Hb.10:22) |
...no
coração as tuas palavras para não pecar...(Sl.119:11) |
... puro
de coração... (Sl.24:4) |
Quem
pode dizer: purifiquei o meu coração...? (Pv.20:9) |
...os
limpos de coração... (Mt.5:8) |
...limpai
o coração... (Tg.4:8) |
...Deus
é bom para com os de coração limpo (Sl.73:1) |
...a si
mesmo se purifica... (I Jo.3:3) |
Vós já estais
limpos pela palavra... (Jo.15:3) |
...a
palavra... poderosa para salvar... (Tg.1:21) |
...o
sangue de Cristo... purificará... (Hb.9:14) |
...nos
purifica de todo o pecado (I Jo.1:7) |
3. PRIMÍCIAS = HABICURIM (Lv. 23:9)
A palavra primícias no
hebraico é habicurim. As Primícias era comemorada 3 dias e 3
noites depois da Páscoa (Lv.23:12), quando as primícias da terra eram ofertadas
ao Senhor, e 49 dias antes do Pentecoste. Deus requeria apenas um molho de
cevada. A Festa das Primícias é também designada "...festa das segas
dos primeiros frutos (Ex.23:16)."
O uso do fermento era proibido na Festa dos
Pães Asmos e na Festa da Páscoa, porém poderia ser usado na Festa das Primícias
(Lv.23:17,18). O fermento é considerado pelas Escrituras como tipo da presença
da impureza e do mal (Ex.12:15,19; 13:7; Lv.2:11; Dt.16:4; Mt.16:6,12; Mc.8:15;
Lc.12:1; ICo.5:6-9; Gl.5:9). Portanto os dois pães levedados a serem movidos,
representam Israel e os gentios formando a Igreja. O fermento é sinal da
imperfeição no meio do povo de Deus (Mt.13:33).
Evento Correspondente no Novo Testamento:
Ressurreição
(I Co.15:20; At.26:23; Cl.1:18)
A ressurreição de Jesus ocorreu no
domingo, antes do nascer do sol (Mc.16:2; Lc.24:1; Jo.20:1) 3 dias e 3 noites
após a sua morte (Mt.12:40). Ele não ficou exatamente 72 horas no túmulo, mas
parte da sexta-feira (das 15:00 às 18:00 h. = 3 horas), o sábado inteiro (das
18:00 às 18:00 h. = 24 horas) e parte do domingo (das 18:00 às 06:00 h. = 12
horas), portanto cerca de 39 horas. As 33 horas restantes são 21 horas da
sexta-feira (das 18:00 às 15:00 h.) e 12 horas do domingo (das 06:00 às 18:00
h.). De qualquer forma a ressurreição ocorreu três dias depois (dias judaicos).
"O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas três
dias depois da sua morte, ressuscitará" (Mc.9:31).
"...Cristo ressuscitou dentre os
mortos, sendo Ele as primícias dos que dormem" (I Co.15:20). Cristo
é "o primogênito de entre os mortos" (Cl.1:18).
"...sendo o primeiro da ressurreição dos mortos..." (At.26:23).
A ressurreição de Cristo e, analogicamente,
a oferta das primícias, representavam a consagração de toda a colheita a Deus e
serviram como um penhor, ou garantia, de que a totalidade da colheita ainda se
realizará na ceifa (Rm.8:23; 11:16; ICo.16:15). Portanto, Cristo na qualidade
de Primícias da Ressurreição, consagrou a Deus toda a colheita (Hb.2:13).
(A.D)
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