Como refrescar a memória?
Não se pode confiar na memória humana como se confia
na memória de um computador, que conserva todas as informações entradas até
ordem em contrário.
A memória humana é selectiva. Guarda com vivacidade
apenas os conhecimentos mais significativos para a pessoa, permitindo que a
maior parte caia no "saco" do esquecimento.
Mas atenção: esquecer não significa perder
completamente aquilo que se aprendeu. A prova está no facto de que reaprender é
mais fácil e mais rápido do que aprender pela primeira vez. Se já um dia
soubemos bem a matéria, basta uma nova passagem para fazer reviver os
conhecimentos que julgávamos mortos.
Com revisões adequadas, reaviva‑se o aprendido.
Refresca‑se a memória. Reduz‑se a percentagem dos esquecimentos.
Número de revisões
Vários investigadores, entre os quais se destaca
Ebbinghaus, estudaram a velocidade do processo de esquecimento. Concluíram que
o esquecimento é mais rápido logo que termina a aprendizagem. Depois, vai
desacelerando à medida que decorre o tempo, até que esquecemos quase por
completo.
Assim, as revisões devem ser periódicas e
adequadamente espaçadas para conseguirem travar a velocidade do esquecimento.
A quantidade e os intervalos dos exercícios de revisão
variam consoante o indivíduo e a matéria. Se o estudante deseja conservar um
conhecimento para poder usá‑lo pela vida fora, terá de revê‑lo mais vezes.
Um bom esquema de revisões é o seguinte:
‑ Revisão inicial ‑ uma revisão
logo a seguir à captação é muito eficaz. porque ajuda a clarificar as ideias e
a consolidar a aprendizagem. Uma recapitulação rápida da matéria, antes de pôr
os livros de parte, fortalece a retenção.
‑ Revisões intermédias ‑ podem
ser feitas uma semana ou um mês depois da aprendizagem e têm por finalidade
reavivar a matéria esquecida. Uma matéria super‑aprendida (aprendida e revista
várias vezes) fica mais segura e aprofundada. Quando mais se repete mais se
aperfeiçoa.
‑ Revisão final ‑ é a recapitulação
geral dos tópicos essenciais, feita no próprio dia ou na véspera das provas
Mesmo os alunos que só estudam "à última hora)> devem guardar uns
minutos para a revisão final
Processos
de revisão
Para rever
conhecimentos, servem dois processos:
‑ Praticar o aprendido. O
processo mais eficiente para manter vivos os conhecimentos é usar a matéria e
fazer exercícios práticos, sempre que possível (exemplos: a conversação em
línguas estrangeiras e a resolução de problemas em Física e Matemática).
Praticar é a melhor forma de não esquecer.
‑ Reler o essencial. O
estudante, quando trabalha com método, faz sublinhados e anotações nos livros
e, além disso, elabora apontamentos, onde regista o essencial da matéria. Para
rever, sobretudo na altura das avaliações, basta reler o que antes se
seleccionou. Ler tudo de novo seria perda de tempo.
Síntese
Se deseja
conquistar uma boa memória e combater o esquecimento
Tente compreender,
antes de decorar.
Descubra e fixe a
ideia‑base das várias informações que deseja reter.
Nunca perca de
vista o todo, mesmo que tenha de dividir a matéria em partes para estudar
melhor.
Relacione a
matéria nova com todos os conhecimentos já adquiridos. Amarre o novo ao antigo.
Utilize a auto‑avaliação
para medir o seu nível de aprendizagem e orientar o estudo.
Faça revisões
periódicas para reavivar os conhecimentos.
Por: Antônio Estanqueiro
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