Páscoa para os judeus
Começa na noite de 14 de Nissan e dura oito dias. É a festa
da libertação de Israel da escravidão egípcia. Pessach (Páscoa) significa
passar por cima, saltar, e assim se denominou esta festa, porque o Anjo que
matou os primogênitos dos egípcios “saltou”, isto é, “passou por cima”das casas
judias, poupando os seus filhos mais velhos. É costume os primogênitos judeus jejuarem
no dia 14 de nissan, véspera de PESSACH, como recordação do perigo que
estiveram expostos os primogênitos judeus no Egito.
Nestes oito
dias é categoricamente proibido comer pão e outras comidas levedadas, para
lembrar-se quando, um povo inteiro, conduzido pela vontade de Deus encarnada em
Moisés, saiu tão apressadamente do Egito
que a massa preparada para o fabrico do pão não teve tempo de fermentar. Nas
primeiras noites celebram-se o Seder, durante o qual contam-se a
história da festa ( Hagadah), bebendo vinho, comem-se a Matzah ( pão sem
fermento), harosset ( ervas amargas) que traz a recordação simbólica da
escravidão no Egito e, depois a libertação.
Vejamos alguns pontos da páscoa judaica.
· Seder com a
leitura da Hagadah foi sempre celebrado com grande alegria em Israel. Pelo amor
que os judeus devotam-se aos seus filhos, eles mantém a tradição desta
sugestiva festa de família, onde celebram o Seder em regra durante as dus
primeiras noites de Pessach.
· Há milênios, essa gente evoca e festeja os eventos do
êxodo das tribos de Israel do cativeiro dos faraós, evento ocorrido há mais de
35 séculos.
· Pessach, a
páscoa judaica, é por excelência, a festa da liberdade. No Seder, a mesa posta,
a ceia e o relato obedecem a uma ordem tradicionalmente sagrada.
· O Seder marca o início de uma nação judaica livre.
· A palavra Pessach significa passagem, salto, pulo. A
décima praga do Egito, foi a morte dos primogênitos. Sob orientação Divina, os
judeus sacrificaram um carneiro e com seu sangue pintaram os umbrais de suas
portas. O anjo da morte passou e saltava as casas dos filhos de Israel e foram
poupados os primogênitos. Esta é a história da Mezuzah.
· Pessach mostra a eternidade do povo judeu. povos,
impérios, civilizações poderosas e de grande cultura, desapareceram. Ficaram na
lembrança, que hoje é meramente arqueológica.
· A festa começa no dia 15 de Nissan e se prolonga por 7
dias em Israel e por 8 dias na diáspora. O primeiro dia representa a saída do
Egito e o sétimo a passagem pelo mar vermelho, aonde os judeus atravessaram em
terra firme e seca, e cantou-se a SHIRAH. Os dias intermediários são chamados
de CHOL HAMOED. Na diáspora, acrescentou-se um segundo dia festivo e o oitavo
( instituídos pelos judeus
sefaradistas da Espanha).
· Pessach sempre ocorre na primavera de Israel. Época da
renovação da natureza. Quando o pessach cai num sábado chama-se Shabat
Hagadol, porque os judeus saíram do Egito também num sábado. Hagadah quer
dizer relato, consiste de trechos da Bíblia, do Talmud e de poesias.
· Recomenda-se que a casa esteja limpa para que não
fique nenhum “hametz”, alimento fermentado, proibido no Pessach. O
conceito de Hametz é simbólico. Representa os defeitos das pessoas, que devem
fazer um exame de consciência de seus atos, de seu comportamento, para se
libertar de suas más qualidades.
ELEMENTOS BÁSICOS PARA O SEDER E SEUS
SIGNIFICADOS
Mesa: é preparada utilizando-se louças nobres.
Velas: São
colocadas em castiçais para acendimento no horário pelas mulheres. A vela fala
da luz divina, afastando as trevas.
Hagadot:
Livros para acompanhamento das leituras.
Matzot: Pães
sem fermento, separados em 3 filheiras principais, tipificando a geração de
Abraão, Isaac e Jacó e as famílias Cohen, levi e Israel. Simboliza a abertura
do mar vermelho.
Vinho ou suco de uva: as quatro taças representam as quatro etapas da redenção: - saída da
escravidão; - Saída do Egito; - Afundou o exército do Faraó no mar; - entrega
da terra prometida a Israel.
A taça de Eliahu ( cup Kidush ): grande e bonita é reservada para a chegada do Messias.
Água e sal:
numa vasilha, onde se mergulha o Karpás ( salsão ou aipo) e o ovo. Representam
as lágrimas do povo judeu, p[elo sacrifício diária de crianças feito pelo
Faraó, na ilusaão de curar as lepras.
Keará: bandeja
ou travessa onde são colocados os
seguintes elementos:
- zeroa - pedaço de osso assado, representando
o cordeiro pascal.
- betzá -
ovo cozido representa o luto de não poder celebrar o sacrifício da páscoa, pois
não existe templo. O ovo não tem ponta, o que lembra a humildade da morte, pois
dela ninguém escapa. Tabém simboliza o povo judeu, que quanto mais perseguido,
mais forte se torna.
-Maror -
almeirão, escarola ou alface romana. Se traduz pelo amargo. Traduz pelo
sofrimento da escravidão, a tristeza do trabalho forçado, as crianças que eram
sacrificadas quando o trabalho do Faraó não era alcançado.
-Charosset:
massa de nozes e maças pecadas, com gengibre e vinho. Representam os tijolos
que os escravos judeus faziam.
- Karpás -
Salsão ou aipo. representa o trabalho árido, insólito do povo escravo.
- Chazeret :
alface romana. Tem o mesmo significado do Maror.
Durante a cerimônia o pai toma o pão do maio ( Matzá )
e o esconde, pois ele deve ser procurado pelas crianças. A criança que o
encontrar pode pedir ao pai o que quiser. Este pão escondido chama-se Afikoman.
( Este parágrafo sobre a Páscoa para os Judeus foi
extraído Manual do Templo União de Israel - 5757-1996/97-Rio de janeiro )
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