Bernard Palissy, mártir e sua fidelidade
Bernard Palissy, nascido em
1510, na França, dedicou-se com todo vigor à preparação de um esmalte para
louça, o que só conseguiu depois de dezesseis anos de duro trabalho com
imensos sacrifícios, chegando ao extremo da fome, pois teve de queimar os
próprios móveis para aquecer o forno, onde fazia suas experiências.
Chamado a servir no palácio
real, ali esteve a serviço dos reis da França por quarenta e cinco anos. Havia
sido acusado de heresia, muitos anos antes, por ser protestante; aos sessenta e
oito anos voltou ao protestantismo. Desejando evitar que seu grande artista
morresse na fogueira, como era a punição da época, o rei Henrique III foi à
Bastilha, onde ele estava preso, tentar convencê-lo a retratar-se: "Meu bom
homem, serviste a mim e a minha mãe por espaço de quarenta e cinco anos. Não
fizemos caso de tua posição religiosa no meio dos incêndios e das matanças.
Mas, agora, sinto-me constrangido pelo partido que segues e vejo-me obrigado a
abandonar-te às mãos dos teus inimigos; amanhã morrerás queimado".
"Senhor", respondeu o invencível ancião, "estou pronto a dar a
minha vida pela glória do meu Deus!" Palissy morreu logo depois, na
prisão, escapando assim à fogueira (1589 ou 1590).
Comentários
Postar um comentário