Ó Tristeza



Por que abates, ó tristeza;
Covardemente atinges, quem tu queres?
E desfaleces com tua companhia;
Que desventura aconteceu para teres tu comigo?
Por que vagueas assolando;
Com qual razão ages assim?
Sob que lei tu reges?
Quem te ordenou cerrar, portas e janelas?
Por que trazes trevas e devassidão;
E reinas no ostracismo.
Estendes teu cetro para o ofuscamento;
Cravas espinhos cruéis de desesperança,
Dos sonhos fazes matança;
Atuas com insídias;
Geras e multiplicas agonia.
Vertiginoso é o teu crescimento;
Interminável o teu dissabor.
Crias vazios e distâncias
Rendável são teus efeitos
Pugnaz são tuas ações
Do coração alcanças até o recôndito
Preenches todos os cantos frigidamente.
És insolente, infeliz, desbragado;
Só a tua proximidade é epidêmica.
Te repudio, para longínquo te entrego.
Vais embora, vais embora, sai de mim!
Ó tristeza...


Por Joaquim Queiroz

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