CIÚME
Não há esperanças para o
coração dominado pelo ciúme. De
todos os sentimentos, é o mais covarde dos que habitam no homem.
Hábil é o seu falar,
constrói engenhosa explicação. Diz-se afortunado de sentimentos, inteiramente
devotado, mas sua recompensa é objeto de ódio. Não possui consciência dos
perjúrios que causa. O coração se torna um tirano, sua compaixão funesta, não
se ressente de suas ações. Os olhos do ciúme enxergam apenas a loucura da
vingança, seu espírito é violento, se desatina da razão, ouvindo apenas a
cólera que o cerca.
Quão lastimada a sorte do
coração cujo destino é traçado pelo ciúme;
de pedra ou de ferro o coração revolverá, não do amor que proclama ter, mas do
horror que o tomou, o execrável ciúme.
Por: Joaquim Queiroz
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