INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA: Três erros a serem evitados
1.
A interpretação errônea da passagem. Um exemplo
disso seria a interpretação popular que se faz da Parábola
do Fermento, em Mt 13.33, pela qual a "mulher" (a igreja) põe
o "fermento" (o evangelho) nas "três medidas de
farinha" (o mundo), com o resultado que "ficou tudo levedado"
(isto é, que o mundo todo torna-se convertido
a Cristo).
Com
esta interpretação não podemos
concordar, pela seguinte razão: o evangelho
é coisa boa, mas o
"fermento", como usado nas Escrituras, é alguma coisa
má que deve ser evitada. Por exemplo em Êxodo
12.8,15-20, o fermento foi excluído das casas
hebréias na noite da Páscoa, como também
das ofertas de suave cheiro em todo o Velho Testamento. Em Marcos 8.15-21 e Mt
16.11,12; e Lc 12.1, Cristo refere-se ao fermento como símbolo
de falsas doutrinas e hipocrisia dos fariseus, saduceus e Herodianos. Paulo em
I Co 5.6,8 emprega o mesmo simbolismo para significar o "fermento da
maldade e da malícia", em contraste com "os
asmos da sinceridade e da verdade". Não é
possível que o fermento represente em um
caso uma coisa boa e em outro caso uma coisa má. Por
conseguinte, a nossa interpretação da parábola
do fermento é, que a "mulher" (a falsa
religião), introduz, não
o Evangelho, mas sim uma doutrina adulterada no meio dos homens. Foi isto mesmo
que aconteceu nos séculos posteriores quando a igreja
tornou-se o que vemos hoje na Igreja Católica Romana,
cheia de invencionices, como a mariolatria, a adoração
aos santos, o celibato, a infalibilidade papal, celebração
de missa, salvação pelas boas obras, etc. Esse
"fermento" penetrou em toda a massa humana exatamente como a parábola
predisse. Este é apenas um caso de interpretação
errônea, que aparece entre muitos. Outro
erro a ser evitado é
2.
A Espiritualização das
Escrituras, ou
seja dar uma interpretação espiritual. Essa tendência
surgiu entre os primitivos pastores da igreja naqueles primeiros séculos,
especialmente na interpretação do Velho
Testamento. Em vez de dar um sentido claro e literal a certas passagens,
referentes ao povo de Israel, ensinavam que as ditas passagens se referiam à
Igreja do Novo Testamento. Há pessoas que creem
que Jesus voltará do céu depois que
todo o mundo se converter, pelo fato de aplicarem um
sentido espiritual aos nomes "Sião",
"Jerusalém", "Jacó",
"Israel", etc, como se esses fossem a Igreja. Segundo esta interpretação, Deus
rejeitou para sempre
a nação de Israel, a mesma está
debaixo de maldição, e a Igreja tomou o lugar de Israel
no plano e propósito divinos. Consequentemente,
essa aplicação errônea de termos,
significaria que a nação judaica está
eternamente separada de Deus. Jamais poderá voltar a
gozar do favor divino. Mas em Romanos caps. 9 a 11, o apóstolo
Paulo claramente revela a restauração de Israel e
que no plano de Deus Israel ainda será muito abençoado.
Israel será por "cabeça
das nações e não por
cauda", Dt 28.13. O conhecimento das dispensações
evitará tais interpretações
erradas. Passemos a considerar mais um erro de interpretação,
o caso de
3. Cronologia Errônea. Em II Pe
3.10-14 está prevista a renovação
dos céus e da terra por fogo, que resultará
em novo céu e nova terra na qual haverá
justiça. A pergunta é
esta: "Quando acontecerá isso?"
Na opinião de alguns, esta passagem terá
seu cumprimento ao término da presente dispensação
da graça. Mas se for assim, então
não haverá tempo para o
cumprimento das profecias referentes à restauração
da nação judaica e o reino de Cristo no trono
de Davi por 1000 anos. Conseqüentemente, em nossa opinião, a renovação
da terra por fogo terá lugar ao fim
do reino milenar
de Cristo, Ap
20.11 e 21.1.
(N.
Lawrence Olson)
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