OS LIVROS APÓCRIFOS FORAM OU NÃO INSPIRADOS ?
Você poderia dizer: Já que você diz que
os apócrifos não foram inspirados, então me dê provas. Pois bem, o problema dos
livros apócrifos cresce de importância, na medida em que a Igreja Católica
Romana afirma que a Bíblia dos Evangélicos é falsa; justamente a partir do fato
da não aceitação dos tais livros apócrifos, e que, por via de conseqüência, é a
Bíblia dos católicos a que é realmente verdadeira e canônica.
Veja bem! O Cânon dos Judeus foi aceito
pela comunidade cristã e consiste nos mesmos livros que aparecem nas Bíblias
dos Evangélicos, num total de 39 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo
Testamento, perfazendo assim um total de 66 livros e não 73 como pretende a
igreja Católica Romana, a partir da inclusão dos apócrifos.
Os 66 livros existentes nas Bíblias
Evangélicas foram aprovados pelos judeus, pela Igreja Primitiva e inclusive,
pela própria Igreja Católica Romana em alguns dos seus Concílios, tais como:
1. O Concílio de Damause I (366 a 384 A.D.)
2. O Concílio de Inocente I (402 a 417 A.D.)
3. O Concílio de Gelasius I (492 a 496 A.D.)
4. O Concílio de Hermidas (520 a 523 A.D.)
5. O Concílio de Laodicéia (363 A.D.)
6. O Concílio de Hipo (393 A.D.)
7. O Concílio de Cartago (397 A.D.)
8. O
Concílio de Florença (1441 A.D.)
Em todos estes Concílios, os livros
aceitos como canônicos foram os mesmos 66 que constam nas Bíblias Evangélicas,
e não os 73 constantes das Bíblias Católicas. Porém, no Concílio de Trento, em
1546, depois da reforma Protestante (Lutero) foi que a Igreja Católica Romana
decidiu incluir os tais 7 livros apócrifos e alguns fragmentos aos livros de
Ester e Daniel. Ora, o Cânon, ou seja, as Escrituras medidas e achadas certas,
foi estabelecido pelos judeus que examinaram os livros e os acharam conforme a inspiração
divina. Depois daquele exame, os mesmos sábios separaram alguns livros e os
consideraram apócrifos, espúrios, falsos, justamente por não se enquadrarem
dentro das normas pré-estabelecidas para a sua canonicidade.
Quando se lê qualquer um dos livros apócrifos, logo se
nota as fantasias ali colocadas. Consideramos um absurdo, por exemplo, o fato
do autor pedir perdão pelo que escreveu, como se nota num dos apócrifos
(Eclesiástico).
J.M. Bentes
Comentários
Postar um comentário