Arrependimento



"Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para o Senhor" (Lm 3.40).

   Na Guatemala, a tribo de índios kekchi tem uma boa palavra para arre­pendimento, cujo sentido é: "dói meu coração". Distante dali, no interior da África, a tribo baouli tem um vocábulo talvez ainda melhor; o termo que usam quer dizer: "dói tanto que quero desistir disso".
    Esta é a experiência que o Senhor desejava para Seus filhos relapsos, quando disse: "Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e volte­mos para o Senhor". Trata-se ai de uma obra pessoal de avivamento. "Esqua­drinhemos", insta Ele, "os nossos caminhos". Não me compete esmiuçar e criticar a vida de meu próximo. Devo voltar o farol da Palavra de Deus para dentro de mim, e esquadrinhar meus caminhos. Está muito certo preferir os outros em honra, no decorrer normal de nossa vida, mas quando se trata de endireitar nossa situação para com Deus, somos advertidos a começar em nós mesmos.
    Ao nos esquadrinharmos, podemos descobrir muita coisa que careça de ajuste. Lá na África existe uma interessante palavra tribal que descreve o que acontece ao coração de uma pessoa que se arrepende. Dizem eles: "torna-se destorcido". Isto é justamente o que Deus deseja: destorcer todas as coisas torcidas, endireitar tudo o que está torto!
    Pode haver alguma dor nesse processo de destorção. Deus permite que doa o suficiente para desejarmos "desistir disso" e voltar "para o Senhor". E isto que os índios chol, do sul do México querem dizer, quando descrevem o arrependimento como "o coração volta atrás".
   "Os mundanos talvez considerem esse choro uma fraqueza; mas é a for­ça que liga o penitente ao Infinito com laços que se não podem romper" ("O Desejado de Todas as Nações", p. 221).

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