O AMOR DE DEUS NÃO TEM LIMITE
Efraim (Israel)
afastara-se para longe de Deus. As dez tribos tinham caído em tão crassa
idolatria, que Deus disse: "Efraim está entregue aos ídolos; é
deixá-lo" (Os 4.17). A inconstância espiritual de Efraim foi descrita pelo
profeta como pão que não foi virado" (7.8). Israel erguera "altares
para pecar" (8.11) e provocara "a Sua ira" (12.14). Efraim era
"inclinado a desviar-se" de Deus (11.7). Perdera a força, e "não
o sabia" (7.9). Certamente, Deus teria razão se volvesse as costas a
Efraim e deixasse-lhe as conseqüências de seu mau procedimento. Mas não faria
isso o nosso Deus misericordioso!
Longe disso, Ele
lamenta: "Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel?"
Aí está uma das mais comovedoras passagens da Escritura. Servindo-se da figura
da repetição, tão característica da poesia hebraica, duas vezes o Senhor
expressa comovente preocupação por Seu povo.
"Eu o amei",
declara Ele (11.1). Que riqueza de afeição envolve essas palavras! "Como
te entregaria?" "Eu ensinei a andar a Efraim", diz Ele ainda
(11.3), referindo-se aos anos durante os quais instruíra pacientemente Israel,
por meio de Seus profetas. Nesse mesmo versículo, serve-se Ele do quadro de um
pai amante, a ensinar seu filhinho a andar, tomando-o pelos braços. Se tropeça,
o bondoso pai levanta o filho e o ajuda a prosseguir. "Como te deixaria?"
"Atraía-os com
cordas humanas, com laços de amor" (11.4). Novamente o Pai celestial
serve-se da figura de um pai amoroso, em relação a um filho desgarrado, a fim
de ilustrar Seu grande afeto para com o relapso. "Com amor eterno eu te
amei, por isso com benignidade te atrai" (Jr 31.3). "Como te
deixaria?"
Deus ainda trata com a
mesma ternura Seus filhos erradios. Ainda hoje Ele insta conosco: "Como te
deixaria?" "Com benignidade te atraí".
"Aquele que não
poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não
nos dará graciosamente com ele todas as coisas?" (Am 8.32).
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