Cobiça
A cobiça ou avareza tem seu fundamento num desejo pervertido de posses,
com raiz no egoísmo. Um coração egoísta nunca está satisfeito. Um menino está
muito satisfeito com sua patinete, até que veja outro com um automovelzinho.
Uma menina fica toda contente com sua boneca de corpo de pano, até que veja a
vizinha ninando ao colo uma fina boneca de borracha. Jorge está contente com
sua caneta tinteiro comum, até ver nas mãos do primo uma Parker. E isto não se
limita às crianças. O Sr. "F" alegra-se com o aumento de salário que
lhe deram, até ouvir que o Sr. "S" recebeu duas vezes aquele aumento.
Quando a cobiça predomina em nosso pensamento, avaliamos as coisas em termos de
nossos bens em comparação com os dos outros. E quando vemos neste mundo todas
as desigualdades na distribuição da fortuna, uns tendo tanto mais que outros,
ficamos descontentes e irritados. Seguem-se a inveja, o ciúme, o ódio, e tudo
isto traz em resultado maior cegueira diante dos verdadeiros valores da vida.
Nossos bens não são um mal em si mesmo; podem ser um grande bem. Não é
tanto o que a pessoa possuí, mas o que a possui que tem importância. Caso um
homem seja possuído por amor, um desígnio envolvente, ou por uma obsessão
magnífica, todos os seus bens estarão sob controle e serão usados para a
realização de seus objetivos.
Comentários
Postar um comentário