A PRÁTICA MÉDICA NOS PRIMEIROS TEMPOS DA COLÔNIA


No período da colonização das terras luso-brasileiras os profissionais de medicina foram curandeiros que vieram com escravos da África, os pajés que conheciam as plantas nativas e tinham um enorme conhecimento do que hoje chamamos de homeopatia. Outros, porém vieram ao Brasil com certa habilitação médica para tal profissão como alguns jesuítas, boticários e barbeiros, fora claro alguns curiosos que atuam na área.
No meio de tanta gente que lhe dava com práticas médicas no período colonial, podemos destacar as diferenças entre um cirurgião barbeiro e um simples, o primeiro podia praticar toda cirurgia da época, enquanto o simples barbeiro estava limitado a aplicação de ventosas e sarjas, ao sangramento e finalmente a famosa extração de dentes onde suas atividades nem sempre dependiam da aprovação de um físico ou de um cirurgião aprovado com todas as licenças para atuar no ramo medicinal.
Essas licenças como toda uma formação eram realizadas na Europa nas famosas e conceituadas escolas médicas européias. Claro que com todo o conhecimento teórico, práticas de ensino e referências que na época possuíam. Principalmente para aqueles que iriam ocupar os principais cargos era necessária ter-se tal formação.
Em primeira fase quem muito contribuiu no Brasil foram os jesuítas, muito deles trazidos pra cá por Tomé de Souza, governador geral a partir de 1549. O papel significativo dos jesuítas foi desempenhado ao longo do tempo no desenvolvimento da arte de curar em suas enfermarias. Esse importante trabalho foi desenvolvido pelos jesuítas diante da escassez de médico na Colônia, eles prestaram socorro aos enfermos através da prescrição de receitas, sangrias e até cirurgias apesar da proibição da Igreja Católica, para tanto foi solicitado a Roma que fosse suspensa tal proibição por causa da falta de cirurgiões na Colônia e consequentemente em suas missões catequistas.
No surto epidêmico de febre amarela em Pernambuco no final do século XVII os padres dos colégios de Olinda e Recife auxiliaram tanto no sentido espiritual quanto corporal aos nativos atingidos pela peste. Por causa das doenças endêmicas vários estudos sobre plantas medicinais foram empreendidos pelos jesuítas.

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