A retidão de Deus
Eu creio que a reação
imediata da maioria das pessoas com relação a isto é imaginar interiormente:
“Como é possível tal coisa?” Como poderia viver alguém em tal completa
perfeição, de maneira que nenhum pensamento, atitude ou ação pecaminoso pudesse
mover-se em sua vida? Sabemos que os antigos judeus empenharam se por 1.450
anos para obedecer aos Dez Mandamentos. É também bem documentado que a história
deste esforço foi de falhas contínuas. Assim, já que foi claramente provado por
milhares de experiências, sem sombras de dúvidas, que o homem é incapaz de
obedecer às ordens originais de Deus, como podemos compreender o fato do que
Jesus aparentemente tornou as coisas ainda mais difíceis? Como podemos lidar
com o fato de que o que Deus hoje requer de nós está mais distante do nosso
alcance e além de nossa capacidade de modo a ser inteiramente impossível?
A resposta a esta questão é
bastante simples ainda que absolutamente profunda. Para compreendê-la é
imperativo que cada cristão chegue a uma profunda e inabalável compreensão do
seguinte fato: Há apenas uma pessoa no universo que está à altura deste
critério inacreditável – o próprio Deus. Sua vida é a única vida que
automaticamente e espontaneamente transpira genuína retidão. Ele é o único que
é aprovado no teste.
Veja bem, Deus de modo
nenhum, precisa tentar ser reto. Ele apenas é! Ele não precisa tentar não olhar
para revistas sujas ou evitar assistir novelas eróticas. Ele não está se
esforçando para não mentir, trapacear, roubar ou tirar vantagem de alguém em
seu próprio benefício. Ele não passa o tempo desejando ter coisas tão
agradáveis quanto seus vizinhos. A verdade é que Deus nem mesmo pode ser
tentado pelo pecado (Tiago 1:13). Ele simplesmente não está interessado. De
fato, Ele o abomina. Deus manifesta retidão porque Ele é reto e é impossível
para Ele ser de outro jeito.
Não deveria ser segredo para
nós que em determinado momento da história, esta vida sobrenatural foi
manifestada (1ª João 1:2). Esta incrível vida de retidão veio à terra na pessoa
do Filho de Deus, Jesus Cristo. Nós lemos: “Nele estava a vida (de Deus)” (João
1:4). Este homem era o repositório da vida do Pai. Além disso, enquanto Ele
andava neste planeta, Ele não funcionava pela sua própria vida, mas
simplesmente vivia sua existência pelas inclinações da vida Divina que estava
dentro Dele. Ele desvendou Seu segredo quando declarou: “Eu vivo pelo Pai”
(João 6:57). Suas ações e mesmo Suas palavras não eram Dele mesmo mas
simplesmente uma expressão da vontade do Pai que vivia dentro Dele. Ele
afirmou: “As palavras que vos tenho falado, não falo por mim mesmo, mas o Pai
que habita em mim, Ele faz as obras” (João 14:10). Assim, vemos que Jesus era
verdadeiramente justo como resultado da própria vida de Deus dentro Dele, que o
motivava.
David. W. Dyer
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