Deus é soberano absoluto do seu universo - Parte 2
A soberania de Deus é ensinada no conceito de Reino de Deus. Mas, é o conceito bíblico do Reino
de Deus que melhor expressa a soberania de Deus sobre o universo que
formou. Tal conceito está presente em toda a Bíblia e mesmo estudiosos
renomados têm insistido em que é o conceito central das Escrituras, do qual se
derivam todos os demais.(5) Para colocá-lo de maneira simples e
sucinta, significa o domínio supremo de Deus sobre suas criaturas, mesmo as que
se encontram em estado de rebelião aberta contra ele; embora na época presente
Deus permita que essa rebelião permaneça, já tem determinado o dia em que será
conquistada e quando então reinará tendo tudo e todos sujeitos debaixo do
domínio de seu Filho (1 Co 15.23-28). O domínio de Deus se estende no presente sobre
as ações e vidas de suas criaturas, sem que isso represente uma intrusão na
liberdade delas em escolher e decidir moralmente. Ao final, porém, a vontade do
Rei prevalecerá sobre todas elas, sem que nenhuma delas possa acusá-lo de
determinista.
A Igreja sempre reconheceu o ensino bíblico sobre esse ponto. Os autores da Confissão
de Fé de Westminster exprimiram o conceito da soberania de Deus de forma muito
adequada. Eles escreveram que existe apenas um Deus vivo e verdadeiro, que é um
espírito puríssimo, infinito em seu ser e em seus atributos, invisível,
imutável, amoroso, misericordioso, gracioso, paciente, imenso, incompreensível,
Todo-Poderoso, santíssimo, livre e totalmente absoluto, fazendo todas as coisas de acordo com sua santíssima vontade e de acordo
com o seu querer justo e imutável (Capítulo 2, § 1). Eles ainda acrescentaram
que Deus possui em si mesmo toda vida, glória, bem-aventurança, e que é
suficiente em si mesmo, e que não precisa de nenhuma das criaturas que fez, que
ele exerce o mais soberano domínio sobre elas, para através delas, para elas e
sobre elas, fazer o que lhe agradar. A ele é devido, da parte de anjos e
homens, ou qualquer outra criatura, a adoração, o serviço e a obediência que
ele assim requerer (Capítulo 2, § 2). Uma das evidências bíblicas que citam é
que foi do agrado desse Deus soberano escolher os que quis para salvação, e
destinar os rebeldes para o castigo eterno (Capítulo 3, § 7; cf. Mt 11.25,26;
Rm 9.17,18,21,22; 2 Tm 2.19,20; Jd 4; 1 Pe 2.8).
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