Alguns Cristãos Querem Arrancar o Livro de Jó da Bíblia
Alguns crentes
não podem lidar com o fato de que Jó era um homem íntegro, santo, amado de Deus
que sofreu calamidades terríveis. Eu digo a esses cristãos: é impossível para
nós conhecermos a verdadeira fé a menos que possamos olhar diretamente para as
dificuldades de Jó e dizer, "Deus permitiu todas essas coisas acontecer a
Jó para um propósito”.
Sim, Deus
permitiu que os filhos de Jó fossem tomados. Ele permitiu a perda da saúde de
Jó, de suas propriedades, sua reputação. Jó foi desonrado nas mãos de supostos
amigos. Até mesmo sua própria esposa o escarneceu. E seu corpo suportou feridas
horríveis e dolorosas.
Este homem
viveu com dor insuportável e tristeza de coração. Olhe para ele entre as ruínas
da sua vida: sentindo-se abandonado, esmagado pela aflição, os céus parecendo
repelir suas orações. Jó passou noites sombrias sem dormir, e dias terríveis,
dolorosos. A dor era tão grande que pediu a Deus que tomasse sua vida. Ainda
assim, durante todo o ocorrido, Deus ainda o amava. De fato, Jó nunca foi tão
precioso na visão de Deus, do que no meio da sua tribulação.
Foi no pior
momento de Jó que Deus lhe deu uma revelação de Si próprio, que mudou sua vida.
Ele pessoalmente conduziu Jó para fora do deserto. E Jó emergiu com uma fé
indomável, testemunhando, "Ainda que ele me mate, contudo nele esperarei”
(Jó 13:15).
Já ao
contrário, alguns crentes saem de seus desertos amargurados e com raiva. As
provações desses crentes os tornam céticos, endurecidos e inconsoláveis
desprezando Deus. "Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o meu Senhor se
esqueceu de mim" (Isaías 49:14).
Eu tenho visto
cristãos em sofrimento se voltando completamente contra o Senhor que um dia
eles amaram. Eles acusam Deus de abandoná-los no momento da dificuldade. Assim,
em troca, eles abandonam toda a oração; colocam suas Bíblias de lado. E já não
vão mais à igreja. Ao invés disso, carregam raiva e ressentimento terríveis
contra Deus.
Eu conheço um
pastor cuja fé foi sacudida por uma morte em sua família. Este homem achava que
sua fé o protegeria contra todos os infortúnios. Então, quando tragédia o
golpeou, ele ficou arrasado. E se voltou completamente contra o Senhor. Os
amigos dele ficaram chocados com sua dureza. Ele lhes disse: "Não
quero nunca mais ouvir o nome de Jesus mencionado novamente".
Tragicamente,
alguns crentes morrem em seus desertos. Isto é o que aconteceu com Israel. Com
exceção dos fiéis Josué e Calebe, uma geração inteira de israelitas - um povo
milagrosamente liberto do Egito - desperdiçou a vida no terrível e uivante
deserto. Eles morreram cheios de dúvidas, aflição, agonia e dor. Por que?
Porque recusaram-se a confiar no juramento de que Deus os guardaria em momentos
de dificuldade.
O Senhor havia
prometido a eles: “Não vos atemorizeis, e não tenhais medo... O Senhor vosso
Deus, que vai adiante de vós, ele pelejará por vós... o Senhor vosso Deus vos
levou, como um homem leva seu filho... (Ele) ia adiante de vós no caminho...
para vos achar o lugar... para vos mostrar o caminho por onde havíeis de andar”
(Deuteronômio 1:29-33).
Ainda assim,
leia também o que aconteceu com aquela geração duvidosa e endurecida: “E os
dias que caminhamos... foram trinta e oito anos, até que toda aquela geração...
se consumiu do meio do arraial... Também foi contra eles a mão do Senhor, para
os destruir... até os haver consumido." (2:14-15). Deus esperou até que o
último deles morresse antes que falasse novamente a Israel: "Ora, sucedeu
que, sendo já consumidos pela morte... o Senhor me disse" (2:16-17).
Qual foi a
causa para que essa geração morresse no deserto? Foram as mesmas duas razões
pelas quais os cristãos morrem no seu próprio deserto hoje.
(David Wilkerson)
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